terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Déjà Vu – até quando?


A não-violência absoluta é a ausência absoluta de danos provocados a todo o ser vivo. A não-violência, na sua forma activa, é uma boa disposição para tudo o que vive. É o amor na sua perfeição.
Mahatma Gandhi


“Holocausto nuca mais”, eles disseram. Prometeram. Mas eles não foram capazes de manter a promessa para sempre.
Passou o dia assistindo televisão em vão. Canais locais e da tv a cabo. Nada. Sequer uma única menção ou notícia sobre Darfur.
Enxugou o suor frio que lhe escorria da testa, num misto de desespero e raiva. Até quando o genocídio seria permitido na face da Terra? Como era possível cometer os mesmos erros e ignorar os sinais clássicos? De que valia a união das nações cuja ajuda sempre tardava em chegar?
Em sua memória fotográfica, revia Ruanda e os milhares de corpos de tutsis exterminados por motivos cruéis e tão semelhantes à ideologia nazista de uma raça superior. Num gesto instintivo, pousou os dedos sobre o nariz, medindo-o.
Supsirou fundo. Chorou compulsivamente por alguns minutos.
Bósnia . Tibete. Cambodia. Turquia. Até quando a violação massiva dos direitos humanos se repetiria debaixo dos olhos daqueles que prometeram defendê-los?
Pensou nos indíos Kaiowá Guarani, que aparentemente valiam menos que as cabeças de gado no Mato Grosso do Sul e desligou a tv. Até quando os ganhos econômicos teriam prioridade sobre a vida humana?
Até quando as causas do genocídio seriam desprezadas?

“Considerando que o desprezo e o desrespeito pelos direitos humanos resultaram em atos bárbaros que ultrajaram a consciência da Humanidade e que o advento de um mundo em que os homens gozem de liberdade de palavra, de crença e da liberdade de viverem a salvo do temor e da necessidade foi proclamado como a mais alta aspiração do homem comum,” (…)Toda pessoa tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal.”
(DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS Adotada e proclamada pela resolução 217 A (III) da Assembléia Geral das Nações Unidas em 10 de dezembro de 1948)

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