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Sempre fui apaixonada. Apaixonei-me pela literatura desde muito cedo. Éramos felizes, em nosso triângulo amoroso: a leitura, a escrita e eu. Confesso que sentia prazer com a primeira, mas era a escrita quem me proporcionava momentos de êxtase, pois que através dela recebia sempre o reconhecimento que me afagava o ego.
Mas como boa amante, sabia que as duas me completavam e delas tirava o máximo, sem me preocupar com o futuro. Foi quando aconteceu. Final dos anos 80. Eu tinha treze anos (quase uma Lolita)e cursava a 8a. série quando a notei. Já a conhecia, mas a ignorara até então. Foi-me apresentada pela enérgica e inesquecível professora Alice. Ah! Alice, a que fazia questão de afirmar, negando: não viera do País das Maravilhas. Alice, a mestra e maestra maior.
Poderia descrevê-la? Talvez uma Mary Poppins Tupiniquim. Em verdade, ela em muito me lembrava ambas personagem e atriz principal de um de meus filmes prediletos: The Sound of Music. Cabelos loiros e curtos, estilo Julie Andrews, ela, embora não cantasse, me encantou. Alice era uma encantadora! Encantou-me não com a voz suave, mas com os seus arroubos; não com as notas musicais, mas com as regras gramaticais.
Alice me reapresentou a gramática. Dela virei escrava desde então. Não sendo forte o bastante para resistí-la, deixei-me levar por ela e me atirei num abismo sem volta. Vi meus sonhos de menina aos poucos serem ofuscados por ELA. Onde a escritora? Onde a amante? Restou-me, então, ensiná-la, passá-la adiante. Sonho um dia dela me desvencilhar, pois que ela me segue aonde quer que eu vá. Sou apenas sua sombra.
Alice! Por que me encantastes?
Mas como boa amante, sabia que as duas me completavam e delas tirava o máximo, sem me preocupar com o futuro. Foi quando aconteceu. Final dos anos 80. Eu tinha treze anos (quase uma Lolita)e cursava a 8a. série quando a notei. Já a conhecia, mas a ignorara até então. Foi-me apresentada pela enérgica e inesquecível professora Alice. Ah! Alice, a que fazia questão de afirmar, negando: não viera do País das Maravilhas. Alice, a mestra e maestra maior.
Poderia descrevê-la? Talvez uma Mary Poppins Tupiniquim. Em verdade, ela em muito me lembrava ambas personagem e atriz principal de um de meus filmes prediletos: The Sound of Music. Cabelos loiros e curtos, estilo Julie Andrews, ela, embora não cantasse, me encantou. Alice era uma encantadora! Encantou-me não com a voz suave, mas com os seus arroubos; não com as notas musicais, mas com as regras gramaticais.
Alice me reapresentou a gramática. Dela virei escrava desde então. Não sendo forte o bastante para resistí-la, deixei-me levar por ela e me atirei num abismo sem volta. Vi meus sonhos de menina aos poucos serem ofuscados por ELA. Onde a escritora? Onde a amante? Restou-me, então, ensiná-la, passá-la adiante. Sonho um dia dela me desvencilhar, pois que ela me segue aonde quer que eu vá. Sou apenas sua sombra.
Alice! Por que me encantastes?
Um comentário:
Saudades, moça. Mande notícias para os amigos desta outra América mais ao sul...
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